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O mochilão pela Europa é o sonho de muita gente. Mas é hora de traçar objetivos concretos, tirar a fantasia da sua cabeça e transformá-la em realidade.
Neste post, você vai ver que essa viagem pelo continente europeu não precisa ser só um delírio – pode ser colocada em prática rapidinho.
Este guia completo tem dicas de planejamento, economia e diversão para quem quer conquistar a Europa com a mochilas nas costas, o orçamento apertado, a cabeça nas nuvens e os olhos no horizonte.

Não são apenas os brasileiros que se encantam pela possibilidade de desbravar a Europa em um mochilão. O tour pelo continente oferece voos diretos, próximos e baratos, destinos históricos cheios de atrações a cada esquina e o deslocamento tranquilo entre um país e outro, facilitado ainda mais pelo Espaço Schengen e seus signatários.
O grande desafio para a viagem é o custo, que pode ser alto, especialmente na conversão do real em euro, moeda adotada por boa parte do continente. É daí que a ideia do mochilão ganha mais força: por que não adicionar algumas doses de aventura a essa viagem?
Ficar hospedado em hostels conhecendo estrangeiros de todas as partes do mundo, provar a comida de rua, contar os centavos, aproveitar cada euro ao máximo, ficar aberto a novas relações, conversas e sensações e se jogar no mundo naquele espírito Wanderlust de viver?
O mochilão pela Europa é uma experiência inesquecível. Mas que, justamente por isso, precisa ser muito bem planejada. Neste guia, você vai ver, passo a passo, como organizar seu roteiro, como preparar suas finanças e como aproveitar a melhor viagem de sua vida.
Como planejar o mochilão pela Europa
É hora de ver se esse sonho do mochilão passa pelo primeiro teste, que é o planejamento nos mínimos detalhes. Se você não se der ao trabalho de reunir e organizar suas ideias, não vale nem a pena continuar pensando na viagem.
Confira abaixo o passo a passo para esse planejamento:
Passagens para a Europa
Esta é a hora de definir qual é a sua prioridade número 1 para começar a montar o roteiro. Qual é a cidade onde você vai (ou quer) desembarcar?
Se houver mais de uma nessa lista, melhor, pois assim você pode comparar diferentes destinos a partir do Brasil e então selecionar aquele mais em conta.
A compra da passagem do Brasil para a Europa é uma das partes mais difíceis dessa jornada, porque envolve o maior custo. E com o dólar e o euro nas alturas, tudo fica mais caro.
O ideal, claro, é encontrar um voo direto da sua cidade para o seu destino número 1 na Europa, mas isso não é fácil. Essa primeira tentativa pode ser feita direto nos sites das companhias aéreas nacionais e na TAP, na AirFrance e na KLM.
Essas três costumam oferecer voos por preços interessantes, especialmente se você partir de São Paulo e desembarcar em Lisboa, Paris ou Amsterdam.
Dessas, o melhor serviço de bordo é o da AirFrance. A variedade, a oferta e a abundância de comida e bebida (alcóolica) são bastante sedutoras. Espumante liberado.
Mas tome cuidado com a AirFrance: os pilotos fazem muitas greves (sério), e essas paradas podem atrapalhar muito a sua viagem (experiência própria).
Além de pesquisar no site das principais companhias, faça uma varredura no Sky Scanner e no Google Flights.
Promoções e descontos nas passagens
Para ter o melhor custo-benefício, é importante pesquisar primeiro a melhor opção de passagem aérea para a Europa. Nessa busca, vale conferir todas as promoções, se cadastrar em newsletters, baixar aplicativos das companhias, acessar sites de promoções, pesquisar em diferentes horários, usar comparadores, entre outras técnicas. Dedique um bom tempo para essa pesquisa.
Depois de encontrar os melhores preço (provavelmente Paris, Londres, Lisboa ou Frankfurt), você terá um ponto de partida. Explore inicialmente a cidade do desembarque imediato e parta dali para começar o seu roteiro.
Cuidados com a passagem para a Europa
- Dependendo do roteiro do seu mochilão, vale a pena comprar a ida para uma cidade e a volta por outra
- Lembre de conferir com cuidado o peso e o número de malas e mochilas para despachar
- Pesquise antes para entender quais companhias oferecem marcação gratuita de assentos para a Europa (isso pode mudar, e talvez você faça questão de sentar perto do seu grupo de viagem)
- Verifique o aeroporto de destino para garantir que se trata de um próximo ao centro da cidade (ou com fácil acesso)
- Quanto menos conexões até a Europa, melhor. Acredite: Pagar algumas dezenas de reais a menos, mesmo em um mochilão, não compensa.
Roteiro pela Europa
Para fazer o seu roteiro pela Europa, você precisa de uma boa planilha online, na qual você vai definir os países e as cidades mais importantes em sua listinha mental.
Depois, vai começar a pesquisar cada um dos destinos para encontrar os mais próximos geograficamente e aqueles com boas conexões entre si.
Isso significa que você não vai se ater apenas à proximidade entre os lugares, e sim o custo de deslocamento entre um e outro. Nessa hora, vale reforçar que a ideia dos trens, embora romântica e altamente sedutora, pode ser um pouquinho mais cara do que você imagina.
Lembre-se de usar sites da RyanAir e da EasyJet para conferir os voos low cost, que custam quase nada se comprados com antecedência.
Importante: confira o limite de bagagem e o custo da mala extra. É nesse detalhe que essas companhias ganham dinheiro.
Também utilize o site Sky Scanner, que oferece os preços sem cobrança de taxas extras. Depois de varrer as opções, verifique diretamente no site da companhia aérea para garantir que aquele é o menor preço possível.
Para os trens, pesquise no Google, no site Rail Europe e em seus concorrentes, pois são cobradas taxas, e as passagens podem variar bastante.
Passaporte para a Europa
Para fazer o mochilão pela Europa, você precisa do seu passaporte brasileiro, claro. (Se tiver passaporte europeu, pode passar lá para baixo, porque não precisa de visto.)
Para emitir o passaporte, visite o site da Polícia Federal. Veja o que você precisa para fazer o passaporte.
Detalhe importante: tenha, pelo menos, seis meses de validade do passaporte antes de embarcar para a Europa. Se a viagem incluir o Reino Unido, cuidado maior: você precisa ter seis meses de validade antes do ingresso nas ilhas britânicas.
Vistos para a Europa
Os brasileiros não necessitam de visto para entrar em boa parte dos países do continente europeu.
Maravilha, hein? Essa facilidade enorme se deve ao Tratado de Schengen, uma convenção política que abre as fronteiras da Europa para a circulação das pessoas e permite que você fique perambulando por lá por até três meses sem se preocupar com vistos.

Isso não significa que você poderá entrar em qualquer país sem a devida preparação e sem ter os recursos para se manter por lá, ok?
Não adianta pensar que dá para entrar na Alemanha sem nenhum dinheiro nem lugar para ficar e tentar esmolar durante o período. Você pode, sim, ser mandado de volta!
No tratado de Schengen, estão inclusos alguns dos destinos mais queridos por brasileiros, como Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Áustria, Portugal, Espanha e Suécia.
Você não precisa do visto, mas deve comprovar hospedagem e possuir pelo menos 25 euros por dia de estada e um seguro viagem.
Nem sempre você vai precisar mostrar o seguro viagem e a grana disponível (muitas vezes, não), mas é bom estar preparado.
É possível que você entre na Itália sem nem passar pelos agentes de imigração, mas aí chegue a Paris e seja até revistado. Normalmente, isso não acontece porque, depois de entrar no espaço Schengen, o trânsito é considerado espaço doméstico. Mesmo assim, prevenção e planejamento nunca são exagero.
Há casos de países muito procurados por brasileiros que não estão no espaço Schengen, porém.
O Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) é um exemplo. Mesmo assim, se você tiver todos os comprovantes de sua viagem em dia, não terá problemas para entrar, pois o Reino Unido não exige visto de brasileiros e permite a estada para turismo por até seis meses.
Como organizar a bagagem para o mochilão
Esta questão parece óbvia, mas pode passar batida. É importante escolher a data e aí ver em qual estação do ano você vai estar para se preparar em termos de deslocamentos e em opções de roupas para a viagem.
Para mochilar, é imperativo levar pouca coisa, de preferência que caiba em um volume só. Tudo vai depender do seu tempo de viagem, claro. Mas pense assim: se normalmente você usaria três calças naquele período, reduza para duas. Você nunca precisa mais do que duas calças. E, por mais que o seu foco esteja em gastar pouco, comprar roupa na Europa pode ser bem mais barato do que no Brasil (hello, Primark).
Hospedagem para o mochilão na Europa
Tradicionalmente, os mochileiros, especialmente na Europa, ficam em hostels, os albergues.
Esses lugares são mágicos, pois possuem uma atmosfera especial, de descoberta e confraternização, em que centenas de viajantes do mundo inteiro, normalmente jovens, interagem de perto.
Além de ficar em dormitórios com mais pessoas, você vai dividir com eles a cozinha e o café da manhã (e muitas vezes outros espaços, como a sala da televisão ou dos jogos). As possibilidades de conhecer outras pessoas (muito legais) são enormes.
Mas hoje os hostels não são a única opção, claro. Há outras duas que valem a pena mencionar e explicar, o Airbnb e o Couchsurfing.
(Vamos deixar de lado os hotéis, ok? Mesmo assim, você pode incluir um ou outro hotelzinho melhor em meio a uma programação extensa, para ter um conforto maior em certos períodos da viagem.)
Couchsurfing
O couchsurfing é uma plataforma de compartilhamento de sofás, camas ou quartos de viajantes, em que um anfitrião se dispõe a receber gratuitamente um ou alguns hóspedes. A ideia é sensacional, e há um espírito de confraternização interessante que permeia o sistema. Mesmo assim, você vai ver que não é tão fácil conseguir uma vaga, especialmente para destinos disputados, como cidades na Europa. E ainda mais se você for homem. Mulheres têm mais chances de verem seus pedidos de hospedagem aceitos (talvez porque representem “perigo” menor).
Caso você consiga uma vaga, claro, é preciso respeitar as regras do anfitrião. Normalmente, é interessante verificar a questão de horários de entrada e saída, dividir possíveis despesas de cozinha, entre outros.
A experiência se torna mais interessante quando o anfitrião se dispõe a apresentar um pouco da cidade – e há muitos que fazem isso. Nesse caso, aproveite, tire suas dúvidas, peça sugestões de passeios e esteja disposto a alterar sua programação.
Airbnb
O Airbnb é uma rede de aluguel de quartos, apartamentos e casas. Essa opção é extremamente interessante se você fizer um mochilão pela Europa com amigos, por exemplo.
Nesse caso, o grupo pode viver uma experiência na casa ou apartamento de um nativo e pagar bem menos do que um hotel.
Também pode alugar um quarto no apartamento de um morador da cidade e ainda praticar o idioma e trocar ideias sobre as melhores experiências nos arredores.
Hostel
Para quem não liga para o luxo dos hotéis e se garante em situações não tão confortáveis, os hostels são opções sensacionais na Europa. É a nossa escolha, sem dúvida.
São baratos, bem localizados, seguros e oferecem a melhor experiência de viagem – desde que você pesquise bastante e não se contente em encontrar apenas o mais barato.
Veja alguns motivos pelos quais ficar em hostel é uma experiência incrível:
Ambiente multicultural
Quem se hospeda em hostel vai conhecer pessoas de diversos países. E não quaisquer pessoas, mas viajantes com mentalidade bem semelhante.
Você vai ficar espantado com a quantidade de gente legal que existe em um albergue. O convívio é contínuo e pode formar amizades duradouras (o que pode ser bem útil até mesmo durante o seu mochilão, para ficar depois na casa de algum amigo :).
Economia
Você vai dividir o quarto com mais pessoas e, por isso, vai pagar bem menos do que por um hotel.
Por um lado, a privacidade é bem reduzida. Por outro, você pode usar os euros para atividades na cidade. Você pode pagar algo como 15 euros por diária e ainda ter uma boa experiência.
Segurança
Hostels europeus costumam ser bastante seguros. Claro que você precisa pesquisar bons albergues, e não ficar nos mais baratos.
Acredite: há opções baratas demais. Em Londres e outras grandes cidades, há hostels de viajantes e hostels para nativos – e você quer escolher o albergue de viajantes.
Como encontrar um bom hostel na Europa
Encontrar um bom hostel na Europa significa boa localização, bons preços e boa estrutura para o viajante. Abaixo, veja passo a passo como fazer essa seleção:
Pesquisa de resenhas de hostels
Há três boas opções de sites de reservas de hostels. Eles são: Booking.com, Hostel World e Hostel Bookers.
Em todos, você pode definir a faixa de preço desejada, ver fotos do local, resenhas dos viajantes, ver uma média de avaliações, conhecer a infraestrutura da hospedagem, verificar a existência de wifi, tomadas e armários nos quartos, a oferta de café da manhã, entre muitos outros critérios
Depois, é só reservar as datas desejadas, definir o tipo de quarto (e o número de pessoas com as quais você vai compartilhar a hospedagem) e pagar com cartão de crédito.
Principais cuidados na escolha do hostel
Veja no que ficar de olho nessa seleção de hostels:
- Existência de wifi nos quartos (e o que os hóspedes falam a esse respeito)
- Existência de armários cadeados nos quartos
- Opção de café da manhã (se é paga ou gratuita)
- Como são os banheiros (nesse quesito, vale a pena ler as resenhas)
- Como é a limpeza (esse é um dos fatores mais importantes)
- Localização exata do hostel e meios de transporte até as principais atrações da cidade
- Tipos de dormitórios (quantas camas por quarto).
Tamanhos dos dormitórios
Normalmente, os dormitórios dos hostels na Europa têm entre quatro e 12 camas.
Mas há opções com mais lugares. Já ficamos até em albergues com 22 camas. E não é necessariamente uma má experiência.
Depende muito do tamanho do quarto e do tipo de viagem que você está procurando. Se o seu objetivo for festa e você não der bola para a qualidade do sono, pode ter certeza de que você vai achar interessante dividir o quarto com bastante gente. Sempre vai ter uma história diferente para contar, ouvir e dar risada.
Como economizar no mochilão pela Europa
Um dos segredos para economizar em um mochilão pela Europa é evitar o “modo Turista”. Nessa mentalidade nativa, você deve considerar desde preparar a própria janta no hostel até fazer programas normalmente fora do radar dos viajantes tradicionais.
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Compre euros de forma parcelada
A melhor forma de encontrar a melhor cotação para os euros é fazer uma compra parcelada, em que você vai obter o valor médio interessante, e não ficar esperando para descobrir a hora exata de fazer a compra.
Em vez de comprar 3 mil euros de uma vez, divida essa compra em mais vezes e vá fazendo um preço médio de compra até a hora da viagem. E não deixe para comprar os euros no desembarque na Europa, no aeroporto. Aí é garantia de perder dinheiro.
2. Economize na hospedagem
Esqueça os hotéis e fique em hostels, Airbnb ou Couchsurfing, todas opções explicadas nos tópicos ali em cima. Vale reforçar essa questão, porque se trata de um dos maiores custos de toda a viagem.
3. Fique mais tempo em cada lugar
Achar que dá para conhecer toda a Europa em 15 dias é uma ilusão. Então, faça um plano de viagem realista, que considere um tempo adequado em cada cidade.
Uma capital como Paris ou Londres, por exemplo, exige pelo menos cinco dias. Lembre-se de considerar todo o tempo de deslocamento e adaptação na chegada e na saída.

4. Experimente a comida local
Restaurantes próximos de pontos turísticos costumam ser bem mais caros. Planeje suas refeições de modo a tomar o café da manhã reforçado no hostel, comer alguma comida local ao meio dia e fazer a própria janta ou comer um lanche à noite.
E não esqueça de ter uma garrafinha de água para repor as forças ao longo do caminho e planejar alguns piqueniques pelos parques Europeus. A experiência vale a pena.
Em diversas cidades, como nas italianas e agora em Londres, há bebedouros pelo caminho 🙂
5. Economize no transporte
Esqueça o táxi. Na Europa, o transporte público funciona muito bem.
Antes do mochilão, planeje seus deslocamentos dentro de cada cidade, para fazer o melhor uso de ônibus, metrô, trens e caminhadas. No Velho Continente, cada caminhada é uma descoberta – lembre-se disso.
Além da caminhada e do transporte público, fique atento ao aluguel de bicicletas. Esse sistema é muito intuitivo, prático e barato em Londres e Paris, por exemplo.
Já em Amsterdam, tome cuidado, pois o furto de bicicletas é prática comum, e o trânsito de bikes é caótico para os estrangeiros (sério). Por lá, esqueça o Uber: os carros têm zero prioridade.
6. Descubra as atrações gratuitas
Há inúmeras atrações gratuitas em todas as cidades europeis. Mas, claro, também existem milhares de atrações muito caras.
Por isso, é bom analisar com cuidado o seu roteiro e gastar apenas no que você realmente quer investir: nada de subir ao topo da Torre Eiffel só porque a maioria faz isso, ok?
Em Londres, por exemplo, todos os museus públicos são gratuitos, e eles incluem o Museu Britânico, a National Gallery, entre (muitos) outros.
7. Viaje por lá com voos low cost
Na Europa, é muito prático se locomover entre os países. Para economizar em seu roteiro de mochilão, estude bem o itinerário: dependendo da distância entre uma e outra, e dependendo do custo de um trem ou ônibus, a melhor opção é tomar um voo low cost – você economiza tempo e dinheiro.
Com a compra antecipada, uma passagem pode custar algo como 15 euros. Confira os sites da RyanAir e da EasyJet.
Mas não deixe de simular custos dos mesmos trechos em empresas de ônibus ou trem, para confirmar o que sai mais em conta. No site Rail Europe, você pode comparar opções de trens e no Flix Bus, rotas de ônibus.
Nessa pesquisa de passagens, como já mencionamos, fique ligado nas taxas pelas bagagens despachadas.
8. Escolha a baixa temporada
É melhor escolher passagens para a época de baixa temporada na Europa, quando produtos e serviços estão mais baratos e há menos tumulto nos pontos mais turísticos.
O valor da hospedagem pode flutuar bastante de acordo com a época do ano, então leve esse fator em consideração.
O período mais caro na Europa costuma ser entre o fim de maio e o fim de setembro, uma época de mais calor e mais sol. Só tome cuidado para não ir no frio máximo do inverno, do fim de dezembro ao início de fevereiro, a menos que você curta temperaturas negativas.
Um mês que costumo recomendar é abril, quando as temperaturas costumam ficar mais amenas, o sol tende a aparecer e os turistas ainda não lotam as cidades.
Seguro viagem para a Europa
Todos os países signatários do Tratado de Schengen exigem o seguro viagem internacional com cobertura de, no mínimo 30 mil euros. Entre eles, estão destinos como:
Alemanha; Áustria; Bélgica; Dinamarca; Eslováquia; Eslovênia; Espanha; Estônia; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Hungria; Islândia; Itália; Liechtenstein; Letônia; Lituânia; Luxemburgo; Malta; Noruega; Polônia; Portugal; República Tcheca; Suécia e Suíça.
Além desses países, o Principado de Mônaco, San Marino e a Cidade do Vaticano compartilham da abertura de fronteiras com o Espaço Schengen, embora não sejam signatários do acordo.
A República da Irlanda também não está incluída no tratado, mas exige o seguro viagem internacional.
Já o Reino Unido, que não está no Espaço Schengen, não exige o seguro viagem.

Para o seu mochilão, porém, vale a pena fazer, sem dúvida, por todo o período de viagem. Você estará garantido diante de qualquer problema de saúde. E os valores não costumam ser exorbitantes, dependendo do tempo de viagem.
O site Melhores Destinos fez uma pesquisa com 6.144 internautas para verificar quais são as seguradoras mais contratadas e bem avaliadas por eles. Na lista, se destacam a Mondial, a Travel Ace, a Vital Card, a GTA, a Assist Card, a World Nomads e o Itaú.
Você também pode usar sites comparadores e escolher a opção mais em conta.
Câmbio no mochilão pela Europa
Um dos principais problemas para quem sonha com seu mochilão pela Europa é a conversão de reais em euros.
E olha que a moeda comum da União Europeia nem é o maior entrave financeiro nessa história. A libra esterlina, no Reino Unido, é ainda mais cara. A Coroa Norueguesa também assusta, já que o custo de vida no país é altíssimo.
Por isso, um dos principais fatores ao escolher os países por onde você vai passar e moldar seu mochilão pela Europa é a moeda utilizada no local.
Quanto mais você fizer o câmbio, mais vai gastar nessas trocas, já que as casas de câmbio ganham nas cotações. Imagine uma viagem que inclua França, Reino Unido, Noruega, República Checa e Hungria. São cinco moedas diferentes com as quais se preocupar.
Onde comprar euro mais barato
Nesse cenário, é importante pesquisar bem onde adquirir suas divisas internacionais antes do mochilão. As casas de câmbio e corretoras têm liberdade para vender euros seguindo margens próprias, que lhes permitam ter lucro nas transações.
Por isso, o Banco Central tem um o Ranking VET, que divulga as casas de câmbio com melhores cotações para a moeda desejável. Prático, não?
Esse ranking considera o Valor Efetivo Total (VET), ou seja, a taxa de câmbio, as tarifas e o IOF. Ele serve apenas como referência e não pode ser levado ao pé da letra, já que as cotações mudam diariamente.
Nos valores no site, você vê uma média das operações realizadas no mês, o que permite ter uma clareza maior sobre quais instituições oferecem os valores mais amigáveis pela moeda.
Cidades baratas para o mochilão na Europa
Se você deu uma olhada nos custos de Paris e ficou desanimado, tenha calma: há cidades muito acessíveis, até para quem recebe o salário em reais.
Um site muito interessante para pesquisar o custo por lá o Expatistan, no qual é possível comparar uma média de gastos com acomodação, transporte, alimentação e todas as despesas relacionadas à sua viagem pelo Velho Continente.
Nessa pesquisa, você vai notar uma tendência: países do Leste Europeu costumam ser mais baratos. E é verdade: considere a possibilidade de visitar Polônia, Hungria e República Checa, por exemplo, que oferecem atrações incríveis e valores bem inferiores a cidades italianas, espanholas, francesas, alemãs e inglesas.
Mesmo na parte ocidental, você também pode economizar. Para isso, é importante definir um orçamento máximo por dia. Por exemplo: 60 euros por dia na Europa. Aí vale considerar cidades como Madrid, na Espanha, Berlim, na Alemanha e Lisboa, em Portugal.
3 cidades baratas e pouco exploradas para sua viagem
Veja opções pouco usuais que podem constar no seu roteiro de mochilão pela Europa por terem muitas atrações e custo baixo:
1. Budapeste (Hungria)
Bares charmosos nas ruas, noites longas e cenários deslumbrantes são algumas razões para você incluir Budapeste no roteiro. Além de ser uma cidade histórica, ela é uma lugar barato: o transporte público é bem em conta e eficiente, a comida também não pesa no bolso e você pode ficar em hostels agradáveis por até R$ 25.
2. Bratislava (Eslováquia)
Este é um destino pouco lembrado por turistas e mochileiros, mas vale mantê-lo no seu radar da viagem. Bratislava, na Eslováquia, é muito econômica e cheia de atrações, inclusive ornada com castelos construídos por celtas e romanos. Transporte, alimentação e acomodação são baratos. Um bom hostel pode cobrar menos de R$ 35 a diária.
3. Vilnius (Lituânia)
A capital da Lituânia, Vilnius, é uma das cidades mais baratas da Europa – ou seja, bem atraente para qualquer mochileiro em busca de economia. O centro histórico em estilo barroco é o maior do continente e é classificado como Patrimônio Universal pela Organização das Nações Unidas (ONU). Dá pra fazer tudo a pé, comer bem e barato e beber excelentes cervejas pelo mesmo preço que você pagaria no Brasil, mesmo com a conversão de moedas.
Dicas de cidades baratas da Alemanha
Apesar de ser uma das economias mais fortes do planeta, a Alemanha é um país mais acessível do que rivais turísticos como França e Reino Unido. A seguir, confira algumas cidades com excelente custo-benefício para o seu mochilão pela Europa:
Berlim
Berlim é uma metrópole viva e histórica, como nenhum outro lugar no mundo. E um dos maiores points de mochileiros e nômades digitais na Europa. As principais atrações incluem o Portão de Brandemburgo, o Reichstag (Parlamento), o Check Point Charlie e a Torre de TV.
Não deixe de conhecer o belíssimo parque Tiergarten e de saborear uma cerveja local em um Bier Garten. Entre as principais cidades turísticas da Europa, Berlim encontra-se em terceiro lugar.
Hamburgo
Hamburgo, no norte da Alemanha, tem é a segunda maior cidade do país. Entre os principais pontos turísticos, estão a Cidade dos Armazéns (Speicherstadt), o Mercado do Peixe, o Porto, o edifício da prefeitura (Rathaus) e a Rua Reeperbahn, centro da vida noturna da cidade. Ela é considerada a Cidade dos Musicais e oferece excelentes opções culturais para os amantes das artes.
Munique
Munique não é a cidade mais barata da Alemanha, certamente. Mas é uma daquelas imperdíveis. E não apenas por sua grande festa popular, a Oktoberfest, quando as cervejarias fazem a festa ao ar livr.
A cidade tem muitas atrações incríveis: a cervejaria mais famosa, a Hofbräuhaus, os parques Englischer Garten e Hofgarten, o Parque Olímpico, os passeios em Eisbach (Riacho de gelo), um pequeno rio artificial que atravessa o Englischer Garten, entre muitos outros.
Dicas de cidades baratas na Itália
Nápoles
Há muito a ser explorado em solo napolitano. O Museu Cappella Sansevero e o Museu Arqueológico Nacional são visitas imperdíveis e de ingresso não tão caro.
Já conhecer o Teatro de San Carlos é uma experiência mais cara, mas vale pela beleza do local. Existem ainda lugares tradicionais para conhecer sem custo, como a famosa Spaccanapoli, uma rua cheia de bares e lojas.
Nápoles também pode ser um bom ponto de partida para outras cidades. Uma excursão privada de um dia em Sorrento, Positano, Amalfi e Ravello sai por 50 euros, exemplo.
Roma
Roma é uma das cidades mais bonitas, históricas e imponentes da Europa. Mesmo assim, não tem o custo tão elevado quanto Paris e Londres, para citar algumas concorrentes em apelo turístico.
Qualquer caminhada na cidade, para qualquer lado, revela belezas de deixar o queixo caído, sem exageros. Você está passeando sem rumo quando a sua frente aparece a Fontana di Trevi, o Panteão, a basílica da Catedral de São Pedro ou o Coliseu. Prepare-se: a cidade foi planejada para deslumbrar, mesmo.
Toscana
A Toscana é deslumbrante, embora não costume fazer parte do roteiro de mochileiros. Dependendo de sua companhia de viagem, vale muito a pena, e os preços não são nada assustadores na comparação com cidades “italianas” no Brasil, como Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
Dicas de cidades baratas na Espanha
Madri
Madri é uma das mais baratas cidades da Europa, sem dúvida. Castigada recentemente por uma crise econômica, ela ficou mais acessível para mochileiros e turistas.
Não deixe de incluir no roteiro pontos como Museu Thyssen-Bornemisza, o Palácio Real de Madri ou o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía. E enquanto estiver na cidade, libere o bolso para gastar um pouquinho em comida, já que a gastronomia local é imperdível.
Barcelona
As cores vibrantes de Barcelona podem ser apreciadas gastando poucos dos seus euros. Um passeio pelo Park Guell, uma dos legados do artista catalão Gaudí, custa menos de R$ 30.
Caminhadas a pé pela cidade já oferecem cenários e arquitetura de tirar o fôlego, sem custos. E a alimentação segue a regra espanhola: aprecie sem moderação.
Cidades baratas no Leste Europeu
Como já dissemos, o leste europeu é um alvo interessante para o seu mochilão pela Europa. Viena, Istambul, Praga ou Varsóvia têm preços acessíveis e paisagens incríveis para quem busca um mergulho cultural no Velho Continente.
Viena
Capital da Áustria, Viena tem uma arquitetura belíssima, museus de arte renomados, casas de ópera que mantêm viva a alma vienense do passado e uma gastronomia invejável. Não chega a ser tão barata quanto Praga, por exemplo, mas costuma surpreender positivamente pelo custo-benefício.
Istambul
Istambul é uma cidade histórica, antiga capital do Império Bizantino. Essa cidade turca oferece um belo contraste de crenças e culturas em cada uma de suas ruas.
Não deixe de visitar a Hagia Sofia, imponente por seu gigantesco domo central, e a Cisterna da Basílica, com mais de 100 colunas em estilo coríntio e dórico.
Praga
Capital da República Checa, Praga tem preços reduzidos e atrativos elevados. Feiras de antiguidades são atrações muito populares, uma gastronomia rica e cervejas incríveis por preços ínfimos.
A arquitetura é um de seus principais charmes: catedrais, castelos, cemitérios, pontes e diversos outros prédios dão os belos contornos de uma das cidades mais baratas para um mochilão pela Europa.
Atrações gratuitas no seu mochilão pela Europa
Duas das cidades mais caras da Europa são as mais procuradas, Londres e Paris. Mesmo assim, quem faz uma boa pesquisa sobre as cidades descobre que elas têm muitas atrações gratuitas. Duvida? Vamos dar uma olhada:
O que fazer de graça em Londres

O custo de vida em Londres é um dos mais altos no mundo. Mas isso não quer dizer que um mochileiro precise acabar com suas economias para conhecer a Terra da Rainha.
Todos os museus públicos da cidade têm acesso gratuito (é o único país europeu onde isso acontece), e esses museus incluem coleções de dar inveja aos maiores museus de qualquer outro país.
Além disso, Londres oferece acesso liberado e grátis a todos os seus Parques Reais, também belíssimos, e às suas famosas feiras de rua, como a de Notting Hill e Camden Town.
E até cerimônias tradicionais, como a Troca da Guarda, podem ser assistidas de graça. Ah, por último, não esqueça: a cerveja na cidade é cara, mas a entrada nos pubs tem custo zero.
Para comer ao longo do dia, os sanduíches ficam bem em conta (lembre do nome Pret A Manger).
O que fazer de graça em Paris

Caminhar pelas ruas de Paris já é uma atração incrível, convenhamos. E não pesa no bolso.
Além de apreciar a arquitetura e o charme da cidade a pé, você pode conferir de perto cartões-postais, como o Arco do Triunfo, a Champs Elysées, a Torre Eiffel e a Catedral de Notre Dame.
Atenção: ao contrário do Museu Britânico, em Londres, o Louvre cobra ingresso. E não é nada barato.
A alimentação e as bebidas também não são baratas. Por isso, investigue os supermercados, encha a garrafinha de água e poupe para desfrutar de algumas experiências gastronômicas mais interessantes em momentos pontuais.
Em relação à hospedagem, vá de hostel sem medo. Pode até ser mais caro do que no Leste Europeu, mas não muito mais caro do que Londres.
E aí, curtiu as dicas para preparar seu mochilão pela Europa? Como está o seu planejamento? Comente!
5 respostas
Meu sonho fazer um mochilão, estou planejando fazer um em outubro de 2018, no Uruguai, Argentina, Chile ou Portugal, Espanha, Itália estou sonhando com essa possibilidade…
Muito show as dicas…….é como eu estivesse me vendo lá. Fazendo comparações do melhor e mais barato meio de transporte entre cada País, tempo de deslocamento e hospedagem…..usando todas as ferramentas possíveis como Airbnb, Booking, Low coast, Easyjet, RailEurope e Flixbus e deslocamentos nas chegadas pelo easybus tbm.
Em novembro 2018 irei com minha esposa…..faremos uma maratona começando por Lisboa e terminando por Roma( já que encontrei passagem de volta por 832,00 reais Roma-Belém. Estou pesquisando tudo na maior calma e fazendo descobertas, e com isso, até pequenas mudanças de percurso, tipo, cortar Milão e Bruxelas e acrescentar Genebra e Chamonix (ir ver muita neve). Vcs tão de parabéns.
Guia top.
Valeu as dicas!
Uouu
Amei toda as dicas.
Estou planejando mochilão pela Europa em Abril/2019, sozinha ou com uma amiga, mas a ideia é não adiar mais.
Objetivo inicial: França, Alemanha, Itália e Grécia. Mas acredito que com tantas dicas, tudo pode mudar.
Vlw mesmos! ;D